quarta-feira, 8 de março de 2017

Nossa...




Nossa
Ciência irracional,
Paradoxo apaixonante.
Nosso ponto de partida.
Nosso momento eternizado,
Nossa sorte, nossa vida.
Nossa miséria e riqueza,
Recompensa na incerteza.
Nossa razão, nosso motivo.
Nosso foco, objetivo.
Nossa melhor parte.
Nosso colo.
Nossa senhora, nossa vassala
Tempestade e calmaria
Ao mesmo tempo...
Nosso mergulho inconsciente
Nossa busca inconsistente
De nós mesmos realizados
Na sua admiração.
Nossa...
Na verdade,
Nós é que somos seus.
Parabéns, Mulheres!
8 de Março de 2017.

Bruno Figueira
Engenheiro de telecom por profissão, cervejeiro e designer gráfico por hobby, poeta por ocasião. Pai da Gabriela e do Gustavo, marido da Andréa Blogueira


Mulher Plural





Andrea (117).jpg
Foto: Carolina Menezes

Mulher é mesmo dobrável, cabe dentro do parceiro, do salto, do botox, da saia justa, da função de ter e criar filhos.

Mulher é mesmo multitarefa, faz jornada dupla, tripla às vezes. O seu vestido? Ela escolhe, compra, usa, lava, passa, guarda e ainda ilumina a festa vestida nele.

Mulher é mesmo durável, assume riscos, segura as pontas, disfarça as dores, os amores, desencantos, luta pelos direitos, pelo respeito, pelo afeto, pelo feto.

Mulher é mesmo bem-acabada, perfeita nos retoques, aprimora detalhes, entalhes. Rejunta as manchas do rosto e com rímel e delineador faz arte, faz parte.

Mulher é mesmo mutável, sangra, chora, pari, dá leite, ama, desmama, dá “piti”, sorri, incha, desincha, relincha, às vezes até mostra os dentes.

É mesmo superlativa, MULHERÃO!


Não seria tantas coisas se não fosse mulher. 


Fernanda M. Carracedo, Mulherão!