terça-feira, 25 de outubro de 2016

"DESTRALHE-SE"



Aproveite a Primavera para arrumar a casa! Limpe armários, depósitos, maleiros, despensa… tire de casa o que não serve pra você!

Se precisar de ajuda, sou muito boa nisso! Leia abaixo algumas consequências do acúmulo de tralhas.


"- Bom dia, como tá a alegria"? Diz dona Francisca, minha faxineira rezadeira, que acaba de chegar.
"- Antes de dar uma benzida na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!" e ela me apertou. Na matemática de dona Francisca, "quatro abraços por dia dão para sobreviver; oito ajudam a nos manter vivos; 12 fazem a vida prosperar".

Falando nisso, "vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada".

Já ouviu falar em toxinas da casa?  Pois são:
- objetos que você não usa,
- roupas que você não gosta ou não usa há um ano,
- coisas feias,
- coisas quebradas, lascadas ou rachadas,
- velhas cartas, bilhetes,
- plantas mortas ou doentes,
- recibos/jornais/revistas, antigos,
- remédios vencidos,
- meias velhas, furadas,
- sapatos estragados...

Ufa, que peso! "O que está fora está dentro e isso afeta a saúde", aprendi com dona Francisca. "Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa!", ela diz, enquanto me ajuda a 'destralhar', ou liberar as tralhas da casa...O 'destralhamento' é a forma mais rápidas de transformar a vida e ajuda as outras eventuais terapias. Com o destralhamento:
- A saúde melhora;
- A criatividade cresce;
- Os relacionamentos se aprimoram...

É  comum se sentir cansado, deprimido, desanimado, em um ambiente cheio de entulho, pois "existem fios invisíveis que nos ligam à tudo aquilo que possuímos". Outros possíveis efeitos do "acúmulo e da bagunça":
- sentir-se desorganizado;
- fracassado;
- limitado;
- aumento de peso;
- apegado ao passado...

No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga; Na entrada, restringem o fluxo da vida; Empilhadas no chão, nos puxam para baixo; Acima de nós, são dores de cabeça; "Sob a cama, poluem o sono". "Oito horas, para trabalhar; Oito horas, para descansar; Oito horas, para se cuidar."
Perguntinhas úteis na hora de destralhar-se:
- Por que estou guardando isso?
- Será que tem a ver comigo hoje?
- O que vou sentir ao liberar isto? ...e vá fazendo pilhas separadas...
- Para doar!
- Para jogar fora!

Para destralhar mais:
- livre-se de barulhos,
- das luzes fortes,
- das cores berrantes,
- dos odores químicos,
- dos revestimentos sintéticos...

e também...
- libere mágoas,
- pare de fumar,
- diminua o uso da carne,
- termine projetos inacabados.

"Se deixas sair o que está em ti, o que deixas sair te salvará.. Se não deixas sair o que está em ti, o que não deixas sair te destruirá",  Arremata o mestre Jesus, no evangelho de Tomé.

"Acumular nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente", diz a sabedoria oriental. O Ocidente resiste a essa idéia e, assim, perde contato com o sagrado instante presente.
por Carlos Solano
http://carlossolano.com.br/
 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Você é uma "mãe ladra"?



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Fotógrafa: Carolina Menezes
Uma hipotética “mãe ladra” desabafou isso em sua timeline e caiu como uma luva pra mim, veja se essa luva serve pra você:

Sempre temi em ser uma "mãe ladra". Temi logo que começaram a andar. Temia roubar-lhes as pequenas quedinhas diárias, aquelas que caem com o bumbum no chão. Quedinhas que os fazem aprender a cair e levantar sozinhos.

Temi ser "mãe ladra" quando entraram na idade escolar. Temia roubar-lhes a capacidade de se socializarem. Várias vezes olhava de longe no portão da escola e quando os via sozinhos, tinha imensa vontade de pedir aos amiguinhos que se aproximassem. Mas como podia eu, tolher a possibilidade de que aprendessem como é viver em sociedade?

E nas festas escolares, pensava eu - como "mãe ladra": - minha filha deveria ser a noivinha. Mas quando olhava para minha pequena perdida na multidão de caipirinhas iguais, percebia a felicidade dela de não estar em destaque.

E no futebol? A "mãe ladra" ia para ver o artilheiro! E lá estava ele feliz no gol. Como podia eu roubar o sonho do menino ser um Rogério Ceni?

Adolescentes que se tornaram: já não querem mais minha companhia. No início Tive vontade de "roubar" esta separação necessária que ocorre nesta fase. Vontade de vendar-lhes os olhos ao mundo e que pudessem ver somente a nós. Tirar-lhes a independência e a autonomia, pra ficarem na barra da minha saia. Tive vontade de que não amadurecessem pra que minha importância permanecesse. Mas como podia eu roubar anos tão importantes, anos tão significativos na passagem pra vida adulta? Como?

E assim, tenho vivido entre este conflito: dar-lhes ou ser a "mãe ladra" e roubar-lhes?
(por Roberta Crisppi)

Sempre ouvi e acatei como verdade que criamos os filhos para o mundo, fácil jogar essa frase ao vento quando eles são crianças, minha filha já está na pré-adolescência e aos poucos sinto que ela está “escorregando” das minhas mãos! Dá um frio na barriga…

Ainda temos conversas (pessoais, não por whatsapp) e ela me conta muita coisa, mas sei que tem outras muitas coisas que já não me conta.

Outro dia fiquei indignada, eu estava em São Paulo e ela ia dormir na casa de uma amiga em Campinas, preocupada e “roubando-lhe” a responsabilidade de arrumar sua bagagem, mandei a seguinte mensagem pra ela:

Whats Luisa.jpg

S… SIM, nossa comunicação está bem resumida! rsrs
PS: Ela esqueceu de pegar o pijama e a escova de dentes.

Haja desprendimento e doação, cara amiga Roberta!


Fernanda M Carracedo


sexta-feira, 29 de julho de 2016

Messias




Era terça-feira, dia de comprar frutas e legumes mais baratos no mercado próximo à sua casa, e essa função era dela.

Saiu com uma pequena lista de outros itens essenciais para comprar além do sacolão e dedicou-se a eles em primeiro lugar: cuscuz marroquino, areia higiênica perfumada para gatos, tempero pronto para feijão, repelente.

Quando, enfim, chegou ao sacolão, parou na banca de bananas.
- Pensei que não viesse aqui hoje.

O rapaz arrumando as bananas na banca murmurou alguma coisa tão baixinho que ela não entendeu.
- Pensei que não viesse aqui hoje.

Ele repetiu, baixinho, para dentro, e ela olhou em volta para se certificar se era com ela mesmo que ele estava falando. Não havia mais ninguém.
- Hum?
- Eu pensei que você não viesse aqui hoje.

Vendo sua cara de surpresa, ele emendou:
- Aqui, no sacolão.

Ela, ainda sem entender nada, continuou:
- Quem, eu?
- É, você. Eu vi que você estava ali pegando outros produtos e achei que não viesse para esses lados hoje.

Ela, totalmente sem jeito:
- Ah, é?
- Você sempre vem às terças, não é?

Ela, mais sem jeito ainda e redondamente surpresa com as observações que ele fazia e a forma com que falava - bem baixo, para dentro, sem lhe direcionar os olhos, como se estivesse disfarçando - respondeu:
- É sim.
- Mas já faz um tempo que você não vem, umas duas semanas.
- É verdade, eu estava viajando. Nossa, mas você é observador, hein! Como se chama?
Ela só queria ser simpática.
- Messias. E você?

Bom, nessa hora ela pensou um pouco e resolveu se precaver e não dizer seu apelido, que era com o qual sempre se apresentava. Achou melhor dar o nome inteiro, só para garantir que não houvesse nenhuma intenção de intimidade por parte dele, embora ela tivesse certeza que não havia.
Andou até as maçãs com um sorrisinho de canto de boca, pensando consigo mesma que precisava reparar mais nas pessoas com quem cruzava e sentindo-se cheia de importância.

Seguiu para as cebolas e de vez em quando dava uma olhadinha lá para o lado das bananas, mas sempre evitando o contato visual. Aquela conversinha a tinha deixado interessante.

Passou pelas batatas, pelo gengibre, cenouras e, quando chegou nos abacaxis ele apareceu novamente.
- Semana que vem você vai vir?
- Provavelmente.
- Você mora aqui perto?
- Moro, por isso é que estou sempre por aqui.
- Vai vir sozinha?

Humm, ela começou a achar as perguntas meio estranhas.
- Ah, não sei. Sozinha, ou com meu marido, ou com meus filhos, sei lá.
- Bom, se você vier acompanhada eu não te conheço. Nem sei o seu nome.
- Tá bom!

E já ia saindo desconcertada em direção aos pepinos quando ele continuou.
- Você tem telefone?

Ela, então, achou melhor dar um basta naquilo.
- Messias, eu sou casada.
- Mas a gente não pode aprofundar a amizade?
- Não, ainda mais desse jeito que você está pensando.
- Mas...

Ela não ficou para ouvir o resto da frase.

Na terça-feira seguinte, foi fazer o sacolão em outro lugar.







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Tina Zani é uma escritora que faz arte. Em sua carreira como autora constam ensaios, contos, crônicas e poesias. Escrever faz parte de sua vida e as ideias fluem naturalmente por seus dedos. Na voz de seus leitores, Tina escreve com leveza e melodia. Tem as asas soltas pelas palavras. Seu trabalho tem sido destaque no site superela.com. Mora em Campinas, São Paulo, onde mantém o endereço entaoviva.com e alimenta as páginas Tina Zani e Tina Zani Ilustrações.

terça-feira, 12 de julho de 2016

No meu mundo ideal - por Tina Zani




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No meu mundo ideal eu faria amor com você todos os dia, mesmo que não desse tempo. Eu te esperaria chegar até a hora que você chegasse bem tarde da noite e eu não dormiria antes, nem teria sono, nem ficaria cansada. No meu mundo ideal eu teria sempre energia disposição alegria e um sorriso no bolso para te dar sempre que te encontrar. E eu te daria. Um dois todos os sorrisos guardados no bolso.

No meu mundo ideal a gente nunca brigaria ou talvez só um pouquinho para não ficar monótono. E você não teria essa barriguinha grande e eu seria oito centímetros mais alta para não ficar com dor no pescoço de tanto te beijar na boca em pé.

No meu mundo ideal você me entenderia sem perguntar nada e eu também, porque é difícil da gente se entender sempre e muitas coisas acontecem quando a gente não se entende direito. E eu diria tudo o que gostaria de dizer e você aprenderia a querer dizer coisas também. Você nunca quer. A gente conversaria mais e teria menos silêncio mas teria silêncio.

No meu mundo ideal você continuaria a me amar beijando meu corpo inteiro na nuca nas costas na barriga no umbigo no bumbum nas coxas na virilha atrás dos joelhos porque é muito delicioso. Continuaria mordendo minha cintura pra deixar marca de dente até eu morrer de rir-espernear e chuparia forte meus peitos para ficar rosa choque.

No meu mundo ideal você escreveria bilhetes lindos para mim, roubaria flores de outros jardins e não deixaria o Gato entrar de manhã. Faria xixi sentado para não respingar, não deixaria pentelhos pelo chão, aprenderia a deixar a pia da cozinha limpa e a recolher as porcarias da areia do Gato.

No meu mundo ideal a gente não se desentenderia por causa de dinheiro e um não faria cara feia para o outro, só bonita. A gente iria junto curtir as coisas de graça que a vida sempre traz e ficaria cada dia mais feliz, sem nem ligar pro safadinho do dinheiro. E assim, sem ser a coisa mais importante do mundo, o dinheiro viria porque ele vem de qualquer jeito.

No meu mundo ideal eu te levaria para assistir o pôr do sol naquele gramado onde dá pra ver tudo e tem gente que desce de skate. Estenderia uma toalha no chão, abriria um vinho e uma cerveja e te beijaria até anoitecer e a lua aparecer. E você ia gostar muito. A gente voltaria a pé e você me carregaria de cavalinho, só para podermos rir que nem crianças.

No meu mundo ideal todos os dias seriam ideais e os problemas seriam tão bobos que a gente iria deixá-los livres para passar, dizer um oi e ir embora, e ainda faríamos tchauzinho da porta. Nós dois, juntinhos e abraçados, jogaríamos beijos de adeus para os problemas já lá na curva da estrada.
E você estaria com a mão na minha bunda.



13023454_10154177063799189_599421557_n.jpgTina Zani é uma escritora que faz arte. Em sua carreira como autora constam ensaios, contos, crônicas e poesias. Escrever faz parte de sua vida e as ideias fluem naturalmente por seus dedos. Na voz de seus leitores, Tina escreve com leveza e melodia. Tem as asas soltas pelas palavras. Seu trabalho tem sido destaque no site superela.com. Mora em Campinas, São Paulo, onde mantém o endereço entaoviva.com e alimenta as páginas Tina Zani e Tina Zani Ilustrações.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

A idade do pijama



A velhice tem lá suas benesses: ir ao Banco no horário de pico e bem na sua vez, chegar para ser atendido na sua frente, merecendo aquele seu sorriso mais amarelo; servir-se antes de todos e pegar o bife maior e mais suculento da travessa, e ainda dizer que nem está com fome; reclamar em alto e bom tom de absolutamente tudo e ninguém se incomodar; sentar-se na cadeira mais confortável da casa e assistir a mulher da Iogurteira Top Therm num volume audível num raio de 150mts…

Enfim, eu poderia ficar aqui listando inúmeros privilégios da 3ª idade. Veja bem, não estou criticando, isso é um direito inegável, mesmo porque ainda chego lá!

Contudo, o maior benefício da velhice é ficar invisível. Virar paisagem, cadeira, muro. E isso dá uma liberdade incrível. Neste inverno conheci uma velhinha que já não tira mais o pijama para sair de casa. Veste um roupão por cima e sai. Eu a encontrei assim, roupão, pijamas e chinelo de pano na padaria. Três vezes.

Na terceira, resolvi segui-la.

Pensei: ela está certa, e dentro de alguns anos eu também vou fazer isso. Eu também quero poder acordar e ir para a padaria, do jeito que estiver. Pensei ainda: ela deve morar aqui na rua mesmo, que nem eu. Por que ela pode ir de pijama para a padaria e eu não? Daí que me veio: porque ela já se tornou invisível.
Segui a Senhorinha para ver onde morava. Não era na minha rua, nem na rua de baixo, nem na rua seguinte. A velha mora a mais de quatro quarteirões daqui e mesmo assim, pijamas! Pensei: bem, é inverno, tudo bem.

Então, na semana passada, aquele calor de rachar, encontrei a velha de camisola transparente esvoaçante na padaria! Que velhice que nada. Uma sem-vergonha, isso sim!


Serviço:
Pijamas lindos pra você ir na padaria? Procura aqui:

Fernanda M Carracedo

sexta-feira, 10 de junho de 2016

E depois de toda aquela escuridão: deu-se a luz!


          (Foto anterior ao ocorrido)
Consegui ir para a cama antes das 22h sem checar meus e-mails, facebook, blog e mensagens de whatsapp.
Não assisti nenhum episódio dos meus seriados favoritos, simplesmente deitei no peito do meu marido querendo dormir.

Nossos filhos estavam fora, só estávamos nós dois no breu do quarto, no escuro da nossa casa. O domingo estava indo embora e uma nova semana apareceria ao raiar do sol.

Queríamos descansar nossos corpos e mentes das cenas que vivenciamos nas últimas horas.

Sábado, casa cheia de amigos, bandeirinhas devidamente colocadas enfeitavam minha sala. Mesa posta com as mais deliciosas guloseimas de festa junina: canjica, arroz doce, paçoquinha, cuscuz, cachorro quente, quentão!

Música de quadrilha tocando no aplicativo do celular.
Crianças brincando, adultos brindando. Alegria da reunião.
Os encontros com essa turma são sempre regados dos sons das risadas enquanto jogamos mau-mau.

Depois da comilança partimos para a jogatina. Que delícia impedir que o outro vença. Temos nossas próprias regras do jogo e nos divertimos demais.

Olha a chuva! Foi uma das coisas que escrevi no quadro de recados. E foi por esse motivo que a festa junina foi dentro de casa.

Lá pelas tantas após a meia noite, entre raios, trovões e gargalhadas do jogo algo errado aconteceu.

(Foto: Divulgação/Rafael Coutinho)

Algumas pessoas sentiram certa pressão no ouvido, a luz se apagou e começamos a ouvir um barulho forte, como se uma grande chuva de granizo fosse derrubar alguns vidros da minha casa.
Crianças gritavam, o barulho parecia mais forte. Num repente parou.

Aproximadamente 2 minutos.

Quando nos demos conta havia um estrago do lado de fora da casa. Árvores caídas no quintal bloqueavam a saída da garagem de casa.
Engenharia para arrumar lugar para todos dormirem. Psicologia para acalmar as crianças. Tudo escuro. Vamos dormir!

Ao acordarmos tivemos uma real dimensão do que havia acontecido.
Telhas do vizinho voaram sobre meu telhado. Uma calha metálica havia deixado um risco no carro de um amigo.

Um pedaço do telhado da garagem caiu entre os carros meu e do meu marido.
Meus coqueiros estavam no chão, caídos com suas raízes para cima. Cena de filme americano.

Ao sair para caminhar pelo condomínio percebi que minha casa tinha sido preservada e que muitas famílias haviam perdido o telhado todo, móveis, carros. Cenário devastador. Chorei!

Árvores e mais árvores caídas pelas ruas, calhas presas nos fios elétricos, cacos de telha, vidros, e concreto espalhados por todos os cantos. Parecia guerra ou cena do filme do Jumanji, achei que a qualquer momento animais selvagens sairiam de algum arbusto.

Amigos arregaçaram as mangas e com serras, machados e união conseguiram liberar a saída de casa.
O cenário era desolador e a chuva voltou a cair sobre as casas sem telhados, sobre as pessoas que trabalhavam incessantemente para recolher um pouco destroços.
Percebi uma movimentação de grande cooperação por um lado. Infelizmente também vi muitas pessoas apenas preocupadas em filmar e tirar selfies usando a destruição alheia como fundo de suas fotos.
Pessoas sacavam seus celulares mas não estendiam suas mãos.
Na minha casa surgiu caixa de isopor com gelo trazido por uma moradora do outro lado do condomínio. Ofereceu banho, pipoca e televisão para as crianças. Fico pensando se o lado contrário do condomínio fosse afetado estaríamos nós de mangas arregaçadas para ajudá-los.
Primos vieram nos ajudar e acabaram ajudando muitos outros do condomínio.
A solidariedade deve imperar.

A natureza é implacável e mostra nossa pequenez.

Podemos ser varridos do mapa. Dessa vez fomos preservados.
Agradeço aos amigos, desconhecidos e família maravilhosos que nos ajudaram.
Que nos cederam um banho quentinho, um belo prato de comida, wifi, máquina de lavar roupas, sua força física...

E depois de 3 dias sem energia elétrica, deu-se a luz!
A reconstrução segue, a vida segue e o amor nos guia!

Andréa Cristina Figueira



Abaixo algumas fotos do quintal da minha casa: