Brigar é como andar, comer ou dormir, cada um faz do
seu jeito. É óbvio que discutir a relação é muito intenso, mas conflitos e
relacionamentos andam de mãos dadas, que pena que a gente faz de tudo para não falar
do que incomoda, e vai acumulando pequenos, médios e grandes incômodos na
garupa, para, um belo dia, despejar todos eles de uma vez só num ataque de ira.
Um amigo dizia que quando brigavam, a esposa ficava “histórica”
e não histérica, já eram casados há uns 20 anos e ela trazia incômodos de anos
atrás que nunca foram verbalizados...
Discutir a relação vai contra a todos os impulsos
biológicos, nos sentimos ameaçados, então nos defendemos, temos medo de lutar e
às vezes fugimos porque não conseguimos falar o que sentimos. E muitas vezes o
buraco é mais embaixo, nem conseguimos saber o que estamos sentindo, adultos
tem muito disso... por este motivo, quando vejo certas reações na minha filha
de 9 anos, ajudo-a a identificar o sentimento e nomeio-o para ela: isso é
ciúme, isso é raiva, isso é ansiedade, isso é inveja, isso é amor. Alguns
adultos precisam da ajuda de um psicólogo ou terapeuta para identificar certos
sentimentos.
Algumas dicas pra você fazer uma DR:
- Verbalize seus incômodos, falando de como se sente em
relação ao que não está bom e não culpe seu(a) parceiro(a). Por exemplo: “Me sinto triste quando você grita comigo”
e não “Você grita o tempo todo”. Se
abra quando quiser atacar.
- Pondere quando quiser fugir.
- Não cutuque. Quem gosta de ser espetado é linguiça,
guarde comentários que não agreguem. Seja positivo(a) nas considerações e
críticas, elogie! “uma gota de crítica destrói um litro de elogios”.
É tão simples e óbvio e ao mesmo tempo tão difícil. Mas
lembrem-se: relacionamentos bem sucedidos dependem da maneira como são resolvidos
seus conflitos.
Boa sorte na sua próxima DR e se quiser ajuda de um
terapeuta para nomear seus sentimentos, posso indicar alguns!
Fernanda M
Carracedo
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirNão tinha lido ainda esse texto, mas já venho pondo em prática há algum tempo esse lance do reforço positivo. Não temos tido uma dr há meses.
ResponderExcluirQue bom! Existem coisas pequenas que simplificam muito a relação. Colocá-las em prártica é um exercício constante.
ExcluirBj,
Deinha